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Às camadas….

Muito antigamente, as camadas eram apenas três – a nobreza, o clero e o povo. E o povo, esmagadoramente rural, trabalhava para sustentar as outras duas.


A seguir vieram os artesãos e os comerciantes. Pouco depois desenvolveram-se a burguesia e o proletariado. Mais recentemente, o poder passou para as mãos dos profissionais da política.


E as camadas cresceram. Vejam só o que as receitas dos impostos precisam de pagar:


Juntas de Freguesia;

Câmaras Municipais;

Governos Civis;

Governos Regionais;

Assembleias Regionais;

Governo Central;

Assembleia da República;

Parlamento Europeu.


“Apenas” oito camadas de poder político, sem falar nos partidos em si mesmos que também recebem do erário público. Para além dos serviços diversos, gabinetes, fundações, consultores, assessores, comissários, observadores e observatórios, enfim, um sem número de postos e lugares ao lado da política mas que do Estado dependem e que nos atiram para uma despesa superior à receita.


Quando um tipo tem de pagar o IRS e se põe a pensar…dá nisto. Não sei se me esqueci de alguma mas se derem por falta, informem-me para ser acrescentada!


E quem produz para suportar isto? Maioritariamente o mesmo povo que, no tal antigamente, sustentava a nobreza e o clero. E que, hoje, lê disto neste jornal, mesmo escrito em francês, e fica espantado. Para além de outras, (como é que se diz?... ah já sei) omissões da lei que nos levam a pagar a viagem de fim de semana a casa, que, por acaso, fica em Paris. Não está mal de todo porque podia ser nas Seychelles.


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