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Põe-se-lhes um cabeção...

As Finanças, conforme tenho lido por aí, publica agora a lista dos devedores ao fisco no seu site da net, por forma a que todos possam saber quem não paga as suas contas.

Recordo-me de ser miúdo e ver nas montras da padaria e na mercearia do bairro onde vivia uma lista com esse mesmo fim, onde constavam os calotes. E, já mais recentemente, numa loja de electrodoméstico lá estava a listazinha, para ver se envergonhava alguém e o levava a pagar o que estaria em dívida.

Mas a que vem isto a propósito? Vem a talhe de foice de eu ter ficado um pouco irritado, assim a modos que incomodado, por ter lido aqui que Nuno Cardoso tinha sido punido com 3 anos de prisão com pena suspensa. Ora, deste até se soube porque é uma figura pública e o assunto envolvia uma coima ao Boavista, mas, vai-se a ver, os criminosos com pena suspensa têm menos evidência pública que os devedores ao fisco, o que me parece uma grande falta de equidade e equilíbrio na graduação dessa exposição. E, recordo, com a actual legislação (julgo que iniciada em Setembro de 2007), as penas até 5 anos de "grelha" podem ser suspensas. E para apanhar 5 aninhos não deve ser por ter roubado o desodorizante no supermercado ou as galinhas do vizinho. Deve ser assim mais para os casos de violação e pedofilias ou desvio de meios financeiros, se é que eu me estou a fazer entender.

Bom, mas dizia eu que esses indivíduos deveriam ser contemplados também com alguma coisinha que fizesse saber, aos outros cidadãos, quem com eles partilha a carruagem do metro ou a cadeira do lado no cinema. Daí que a minha proposta era no sentido de que se lhes desse um cabeção de uso obrigatório durante o tempo da pena. Esse cabeção, todo branquinho (crimes de colarinho branco, "tão a ver"), seria usado ao pescoço, tipo colar. E para os assaltantes que usam arma - como ontem os do carjacking que enfiaram dois balázios num homem de 70 anos a quem roubaram o carro - eram-lhes engessados os polegares e os indicadores para não poderem disparar. E assim sucessivamente, com gesso nas partes adequadas, até que as penas tivessem alguma eficácia, como acredito que sucede aqui e também neste outro caso ou ainda aqui. Corresse isto assim por Portugal e não creio que houvesse tanta vontade de fazer umas maldades.

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