Adoro cinema...ir ao cinema...também gosto de ver filmes, mas ir ao cinema é óptimo e trás-me muitas recordações.
Lembro-me que na Figueira da Foz, cidade onde cresci, havia duas salas de cinema, e as duas eram no Casino. Eu sei que em Buarcos também havia uma sala, mas só passava filmes XXXX.
O primeiro bilhete de cinema que comprei custou 20 escudos, e foi para a sessão infantil.
Quando cresci um bocadinho e entrei na adolescência, convenci o meu pai (sempre compincha) a ir comigo aos sábados à tarde assistir aos filmes para maiores de 18, pois só podia entrar com um adulto.
Aí o meu pai dormia grandes sestas e eu deliciava-me com os filmes.
Lembro-me da emoção das estreias e da velocidade com que os bilhetes esgotavam.
Quando apareceu o Rocky eu lá estava na linha da frente, para ser das primeiras a comprar bilhete para ver aquela obra prima. Querem ver que não viram??
Nesse dia entrei na bilheteira com os pés no ar, tal era a multidão.
Lembro-me de só ir ver filmes de terror com o meu irmão, tinha e tenho medo. Uma vez passei o filme inteiro agarrada ao braço dele, e sei que lhe dei uns apertões. O problema foi que quando a luz acendeu reparei que o meu irmão estava do lado oposto ao bracito que agarrei. O senhor desculpe, sim?
Quando cresci um pouco mais o cinema passou a fazer parte do programa de domingo à noite, com amigos e namorados (um de cada vez).
Hoje não vou tanto ao cinema como gostaria, mas nada substitui a magia de uma sala de cinema.
Hoje podemos ir ao cinema a qualquer hora, ou até ver em casa, mas a espera ansiosa pela estreia de um filme é uma recordação que guardo com carinho.
tipo de pastilha: Once at the camping
6 Comments:
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Há uns dias comentava com a Soraia precisamente as idas ao cinema nessa época e lá estava o incontornável Stallone.
Entre 1984 e 1987 fui ver ao cinema no mínimo uns 3 filmes dele:
Rocky IV
Cobra
O Lutador
Já cá, na "nossa" cidade, vi o lindíssimo filme Stallone Prisioneiro... que actor.
É isso mesmo... quem não viu um destes filmes que atire a primeira pedra.
Quem era o Senhor do bracito?
E no fim ainda tive direito a um sorriso simpático, seguido de um:
-Não faz mal!
E sem maldade...
Ainda havia gente simpática.
Um grande bem haja.
Mas bom, bom mesmo, era quando se ia ao Monumental, cadeiras largas, estofadas a napa, uma pessoa sentava-se e o estofo fazia pffff, uma delícia, filmes em cinemascope que eu nunca soube o que queria dizer. Recordo-me de aí ver o Dr. Jívago, grande filmaço para ser acompanhado com a namorada (uma de cada vez, como diz a Srª D. Ana). Isso é que era espectáculo...Mas os bilhetes já eram carotes, infelizmente!
Está prometido.
Deste-me uma ideia Teresa.