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Manhã cinzenta

Há dois dias fomos chocados com a morte de um bebé deixado num carro durante três horas.
Acredito que este muito infeliz acidente é fruto, e em simultâneo a evidência, da correria e do frenesim maluco em que actualmente vivemos.
Não consigo condenar o pai. Não imagino a dor que agora sente e sentirá para sempre! Acredito que a família se ressentirá gravemente, mas sinto uma grande compaixão por todos. Quero dizer que lamento e muito.

4 Comments:

  1. R de Rui said...
    Sem dúvida nenhuma que deve ser a maior dor de origem afectiva que afectará o ser humano. Também eu não consigo condenar aquele Pai.
    João Paulo Santos said...
    Infelizmente não é o primeiro caso, toca-nos ainda com mais força por ter sido aqui bem perto de todos nós ficando a sensação de que poderia ter sido com qualquer um.

    Concordo inteiramente com a Teresa andamos/vivemos em "stresses" estúpidos que nos desviam do essencial.

    Um trágico exemplo que terá que servir como reflexão séria das nossas prioridades.

    Quantas mas quantas vezes perguntei-me a mim próprio "e se um dia te esquecesses da tua filha no carro?"

    Estou com esse pai.
    António Santos said...
    Se perguntar-mos a um pai batalhador, como será o caso, o porquê da sua luta diária a resposta será certamente... o bem estar dos seus filhos!

    Aqui fica a minha solidariedade a esta família e a este pai que mais não fez se não batalhar pelos seus filhos com todas as suas forças e acabou derrotado pela sua fragilidade !
    Ana Nazário said...
    Mesmo quando nada podemos fazer para alterar a tristeza dos factos, achamos que os poderiamos ter evitado. Neste caso é bem pior.
    Muita coragem vai ser precisa para enfrentar a vida depois disto.
    Também não o condeno.
    Que isto sirva, para muitos de nós, revermos as nossas prioridades.
    Esta é uma dor que não passa. Aprende-se a viver com ela, todos os dias.

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